terça-feira, 28 de setembro de 2010

Varejo aposta no melhor Dia das Crianças dos últimos 6 anos

A Pesquisa Serasa Experian de Perspectiva Empresarial para o Dia das Crianças 2010 mostra que os varejistas brasileiros estão entusiasmados com a data. São 57% dos entrevistados que acreditam no aumento do faturamento de seu negócio nesta data de 2010, na comparação com 2009. É a maior parcela desde o início da pesquisa em 2005. No Dia das Crianças 2009, havia 49% de empresários otimistas.

Neste ano, as grandes empresas do varejo estão capitaneando as opiniões positivas, de acordo com
76% de seus empresários. Nas médias empresas, são 66% e nas pequenas 54%.

Na análise regional, o Nordeste tem um otimismo destacado. 72% de seus varejistas acham que vão ampliar seu faturamento no Dia das Crianças 2010 em relação à mesma data de 2009. Na sequência, estão o Norte (61%), Centro-Oeste (56%), Sudeste (55%) e Sul 50%.

Considerando todas as datas comemorativas do varejo em 2010, o Dia das Crianças apresenta a 3ª maior parcela de empresários otimistas (57%), ficando atrás do Dia das Mães (60%) e da Páscoa (58%).

Presentes oferecidos

Para os varejistas de todo o Brasil, 65% das vendas serão de brinquedos neste Dia das Crianças; 10% serão jogos eletrônicos; celular 7%; aparelhos eletrônicos 5%; computadores e impressoras 4%; roupas sapatos e acessórios 3%; Chocolates e doces 2% e DVDs, Cds e livros 1%, e na categoria “outros”, 3%.

No Dia das Crianças 2009, 68% das vendas foram de brinquedos; 11% jogos eletrônicos; 9% celular; 6% roupas, sapatos e acessórios; 3% aparelhos eletrônicos; 1% computadores e impressoras; 1% Chocolates e Doces; DVDs, CDs e livros 1%.

Composição das vendas à vista e a prazo

Para os varejistas de todo o Brasil, 49% das vendas serão à vista e 51% a prazo neste Dia das Crianças. Na mesma data de 2009, esta relação era de 52% à vista e 48% a prazo.

Meios de pagamento

As vendas à vista neste Dia das Crianças, e acordo com a pesquisa, serão compostas por: 39% em dinheiro; 24% cartão de crédito; 18% cartão de débito; 17% cheque; 2% cartão da própria loja e 1% outros.

As vendas a prazo serão realizadas 44% no cartão de crédito parcelado; 31% no cheque pré-datado; 17% em financiamentos ou crediário; 5% em cartão de débito parcelado; 2% no cartão da própria loja parcelado e 1% outros.

No Dias das Crianças 2009, as vendas à vista foram compostas por: 42% em dinheiro; 21% no cartão de crédito; 18% cartão de débito; 18% cheque e 1% cartão da própria loja. As vendas a prazo foram realizadas: 41% por cartão de crédito parcelado; 33% cheque pré-datado; 18% financiamentos ou crediário; 3% cartão de débito parcelado; 2% cartão da própria loja parcelado e 3% outros.

Análise

Para o Dia das Crianças 2010, o varejo está preparando as promoções baseado, principalmente, no parcelamento dos presentes. Como há maior endividamento e inadimplência em alta, o alongamento de prazos será alternativa para reduzir o valor das prestações e alavancar vendas.

Quando se avaliam as opções de presentes, entre o Dia das Crianças 2010 e 2009, chama a atenção o novo posicionamento de computadores e impressoras que, junto com os primeiros presentes do ranking, são de alto valor agregado e, portanto, dependentes de crédito. Por isso mesmo, a intenção de comprar a prazo passou de 48% no Dia das Crianças 2009, para 51% neste ano.

O menor desemprego e a renda em crescimento são fatores determinantes para viabilizar os financiamentos. Além disso, como há maior geração de empregos formais, isto é, com carteira assinada, mais brasileiros receberão 13º salário, o que pode levar parte do varejo a propor a 1ª parcela do presente do Dia das Crianças 2010 coincidindo com este recebimento.

Nos meios de pagamento, cresce a preferência pelos cartões de crédito nas vendas à vista e parceladas, como notado por todo ano de 2010.

De qualquer forma, a parcela de empresários otimistas (57%) neste Dia das Crianças chega aos patamares do 1º semestre, quando a economia apresentava um forte crescimento. Como o Dia das Crianças é o termômetro para o Natal, pode-se prever que teremos um bom final de ano para o varejo.

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